BMW Motorrad e a Arte de bem construir.
- Cabresto
- 21 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
BMW R18 Transcontinental e Bagger

Perto dos 100 anos a construir motociclos, a BMW Motorrad mostra ao mercado mundial como se faz uma cruiser capaz de provocar as mais variadas sensações... só de olhar para a bela gama R18.
A convite da Motomil Motorrad, fui desafiado a mergulhar nesta Big Boxer Experience e optei por conhecer as rainhas Bagger e Transcontinental.
Há muito que a marca bávara, nos habitua a modelos que marcam presença nas estradas, fazendo-se notar aos olhos dos transeuntes... o maior motor boxer alguma vez construído pela marca, é para mim, digno de inscrição no Guinness World Records como o que faz arregalar mais pálpebras por m2.

O dia começou no Clube Náutico de Almada com a primeira abordagem à versão Bagger, que impressionou de imediato pela sua imponência frontal atenuada pela sua traseira de design suave e impecavelmente terminada... O departamento criativo alemão soube juntar o visual moderno, o design clássico e três pedrinhas de gelo no shaker, tendo como resultado o Option 719 Azul Galaxy Dust metalizado /Cinza Titan metalizado, altamente elogiado por um transeunte que me abordou, curioso em saber onde havia mandado pintar a mota... posso dizer que após ter arrancado, era visível pelo espelho retrovisor o espanto do cavalheiro, depois de saber que é um opcional da própria BMW.


Como uma verdadeira cruiser, a R18 também está equipada com sistema de som, mas não é um qualquer... apetrechada com o poderosíssimo sistema de som Marshal, onde qualquer percurso se torna divertido e altamente prazeroso. É verdadeiramente impossível percorrer 10km's sem sorrir ou até mesmo trautear "aquela" canção.

Do alto dos seus 398kg (Bagger) e 427kg (Transcontinental), posso afirmar que só os sentimos no momento que as tentamos endireitar, para recolher o descanso lateral, depois... tornam-se motas de fácil utilização com feeling extraordinário em curva, em grande parte responsabilidade do baixo centro de gravidade que o motor boxer proporciona, contudo é importante nunca esquecer que os kg estão lá... e é melhor não facilitar nas manobras. Sempre que necessário, recomendo recurso à marcha-atrás.

Após o primeiro contacto com a Bagger, foi tempo de conhecer a rainha da gama R18, a Transcontinental. Posso afirmar que a expressão "Papa quilómetros" lhe assenta que nem uma luva. É sem dúvida alguma o pináculo do conforto em duas rodas, que nos faz querer ir às origens de tudo. Confesso que deixaria de ir ao supermercado, comprar pão "tipo" alentejano... e porque não ir ao próprio alentejo comprá-lo?

Fiel à sua receita quase centenária, de cor preta com as pinstripes, a marca alemã marca pontos com a sua característica arte de saber construir, sem descorar da beleza no trabalho. Felizmente, foi possível fotografar a Transcontinental ao lado de uma tia-avó BMW R26 da década de 50, também ela, já protagonista numa outra saga. É desconcertante o tempo que passamos a admirar as respostas da marca, a todas as nossas questões enquanto procuramos um defeito na mota...

Foi um dia repleto de novas experiências, posso dizer que reforcei a minha admiração pela BMW Motorrad graças ao desafio que me foi proposto pela Motomil Motorrad, sublinhando a simpatia e profissionalismo da Catarina e do Ricardo.
Antes da entrega da Transcontinental, não resisti a fotografá-la junto ao nosso icónico Barracuda, o veradeiro "papa milhas naúticas".

Votos de boas curvas a todos.
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