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Trago comigo o Alentejo

  • Foto do escritor: Cabresto
    Cabresto
  • 26 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de nov. de 2020


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Farto dos novos tempos cheios de restrições, confinamentos e perda de liberdade, rápidamente enchi o depósito da Ninete e com dois amigalhaços João Espadaneira e Paulo Silva, era hora de limpar a cabeça e encher o pulmão de ar puro.


Sentir o fresco no pescoço a forçar entrada na gola, a explosão de cheiros dentro do capacete e de olhos esbugalhados a deliciar-me com o nosso Alentejo.

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Ao sabor do motor boxer em baixa rotação, as célebres planícies teimam em não caber no meu campo de visão, repleto de rectas infinitas e em boa companhia, o sorriso rasga o rosto segundo após segundo.


Paisagens de tirar o fôlego, gastronomia riquíssima e gente pura, o alentejo oferece o que de melhor temos.


Depois da já tradicional bifana em Vendas Novas, seguimos rumo à Taberna do Paulo em Santo António de Alcórrego. Cheio de boa disposição e simpatia do staff, belo foi o repasto que nos proporcionaram na Taberna do Paulo, também ele um motociclista a quem prometemos voltar.

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Não só de paisagens e gastronomia vive esta região, seguimos rumo à Herdade do Mouchão onde o recém amigo Pedro Andrade Fonseca, nos aguardava para uma visita rica em história e deliciosa prova de vinhos na companhia do Enólogo Hamilton Reis e o Adegueiro João Alabaça (filho e neto de Adegueiros da Herdade).

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Foi no final do século XIX, que John Reynolds adquiriu a propriedade de 900 hectares, denominada Herdade do Mouchão, dando seguimento à actividade corticeira iniciada pelo seu avô. Neste lugar, a família acabou por adicionar a produção de vinhos. Plantaram-se várias vinhas e em 1901, construiu-se uma adega tradicional, de grossas e brancas paredes de adobe e um elevado pé direito, tudo encimado por um magnífico telhado de telha vã portuguesa.

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Terá sido também por iniciativa de John que as primeiras plantas da casta Alicante Bouschet foram trazidas de França.


Actualmente, são 38 hectares divididos por diversas parcelas, sendo as mais antigas aquelas onde se encontra a Alicante Bouschet.


De tradição centenária, com vindima à mão, pisa a pés em lagares de pedra, com fermentação nos mesmos e prensa manual, estive junto ao santo graal que estagia nos velhos tonéis nºs 3 e 4 de aduelas de castanheiro e carvalho, com fundos de macacaúba e mogno, durante pelo menos três anos. Após este tempo, ainda repousa na garrafa por mais dois anos.

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Esta aventura não podia terminar sem que visitassemos a freguesia Evoramonte, como consta na nomenclatura da Câmara de Estremoz.

Fez parte do património da Casa de Bragança e pertenceu ao concelho de Vimieiro até à sua extinção em 1846.

Dona de uma vista deslumbrante e de tirar o fôlego, o castelo e a cerca da vila foram considerados como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.

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Aqui estivemos à conversa com a simpática Inocência, a quem chamam Sensa, certificada na produção de Figurado em barro, vulgarmente conhecidos por "Bonecos de Estremoz" e classificados pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade, uma arte popular com mais de três séculos.

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Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.

"Thich Nhat Hanh"


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